A última e uma das peças mais famosas de Molière (1622-1673), O Doente Imaginário está em cartaz no Teatro Viradalata de quinta a sábado às 20:30h e domingo às 19h até o dia 31 de julho e depois emendam temporada no Parlapatões até dia 7 de agosto.
Com humor, a farsa, gênero teatral cômico muito utilizado pelo dramaturgo francês, diverte e trata de temas que de tão atuais podem ser considerados atemporais (a considerar quando a peça foi escrita), como a questão da vacina. Molière, aliás, escreveu o texto no ano de sua morte e estava doente com tuberculose, doença sem cura na época.
A montagem em cartaz em São Paulo atualiza a obra mescla o clássico e o contemporâneo com humor. Na farsa o conflito entre autenticidade e hipocrisia se impõe enquanto Argan (interpretado por Marcos Thadeus), um hipocondríaco, acredita estar doente e quer que a filha (Nathalia Kwast) se case com um médico (Felipe Calixto) para economizar em remédios. Quem engana Argan e o quer morto e quem realmente se preocupa com ele? Com o personagem de Luiz Damasceno, a divertida governanta Toinette, essas perguntas ganham respostas ao longo do andamento do enredo.
A ficha técnica consegue dar à montagem ares de uma comédia de grande produção com bons elementos, visagismo (Louise Helène), cenografia, figurino (Kleber Montanheiro) e música (Tato Fischer). Unido a esses grandes nomes há mais destaques da ficha técnica como a pesquisa, adaptação e concepção de direção de Maria Eugênia De Domênico, direção artística de André Kirmayr, iluminação de André Grywalsky, produção, atuação e parceria na adaptação de Marcos Thadeus. E também estão no elenco Paulo Olyva (Senhor Boafé e Beraldo), Paulo Bergstein (Fleurant e Dr. Purgon), Giovani Tozi (Cleanto), Alexia Twister (Beline) e Jorge Primo (Senhor Diaforius).
Vale assistir para refletir sobre saúde e o momento em que vivemos de forma leve e divertida.